Whiplash – em busca da perfeição (Whiplash). (Drama/musica); Elenco: Miles Teller, J.K.Simmons, Melissa Benoist; Direção: Damien Chazelle, USA, 2014. 106 Min. #festivaldorio2014
Com o título tirado de uma música de Jazz de Hank levy, Damien Chazelle de “Toque de mestre”, que além de dirigir também roteirizou “Whiplash – em busca da perfeição”, veio com tudo. Prêmio do júri e do público no festival de Sundance (2014), e mais quarenta outros prêmios, além de cinquenta indicações, dentre elas, ao Globo de Ouro 2015 na categoria Melhor ator coadjuvante para J.K Simmons. E não é para menos, a história é de uma força no eixo condutor e nas interpretações de Miles Teller de “O maravilhoso Agora” e J.K Simmons de “Homem-Aranha”, de deixar de queixo caído.
Trata-se da trajetória de um baterista de Jazz Andrew Neyman (Miles Teller) e sua busca pela perfeição na execução das músicas. Pois, além de almejar o sucesso ainda tinha como espelho Charlie Parker, que é um fantasma bem presente na obra toda, não só pelas citações como pelas execuções e estilo. Outro viés condutor da trama é a relação com seu professor Terence Fletcher (J.K Simmons), relação essa, conturbada e violenta. Damien Chazelle traz para telona a força da dedicação necessária a alguma coisa que se queira muito, beirando as raias da obsessão. Os conflitos internos e externos e os preço a se pagar por tudo isso: o tempo, o sangue o suor e as lágrimas no caminho do que se deseja, além do sofrimento, que é imposto a quem busca a perfeição. A justa medida do que não somos.
O filme além de contar, na trilha sonora e nos exercícios, na atuação dos atores, com “Caravan” de Duke Ellington, massacrada, esquartejada e destrinchada, traz para o rinque de luta a música que deu nome ao filme, “Whiplash de Hank Levy. Mas batalha mesmo, é travada entre mestre e aprendiz. Um duelo como muito poucos na história do cinema e é, simplesmente, impressionante. Entre colcheias, semicolcheias, bemóis e sustenidos eles tiveram uma interpretação competentíssima, o que rendeu numa execução profana capaz de tirar do sério qualquer amante do Jazz, no bom sentido.
A personagem do baterista faz as baquetas ressuscitarem os mortos e junto com elas Miles Teller incorpora mesmo um jazzista de render aleluias até no Hades. Baterista de uma banda de rock de igreja, Miles fez aulas específicas para jazz depois que teve seu papel confirmado, e mandou muito bem.
O filme é para quem gosta de jazz e para quem não gosta, porque, na verdade, é sobre como a gente funciona. Numa palavra? Arrebatador!
- Mostra panorama mundial #festivaldorio2014
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