Alvin e os Esquilos: Na Estrada (Avin and the Chipmunks: The Road Chip). (Animação/Aventura/Comédia); Elenco: Jason Lee, Tony Hale, Kimberly Wiliams-Paisley, Josh Green; Direção: Walter Becker; USA, 2015. 92 Min.
Foi dada a largada na temporada de férias da garotada no circuito, com “Alvin e os Esquilos: Na Estrada”. A conhecida franquia da década de 60 – “The Alvin Show” (1961) – revitalizada após os adventos tecnológico/imagéticos está no seu 4º longa metragem mesclando animação com pessoas reais. ‘Tudo continua com dantes no quartel de Abrantes’ nada mudou, não tem novidades e disso se aproveita uma boa diversão e um bom uso de tecnologias computacionais. O tema é o conceito de família e o argumento, não ser abandonado. Tudo isso misturado a muita graça, tiradas inteligentes, referências a filmes clássicos do cinema, descansos competentes de atenção para a pimpolhada e muita música.
Dave (Jason Lee) está em um relacionamento sério e resolve apresentar à sua família inusitada a moça, Samantha (Kimberly Williams-Paisley), e seu filho Miles (Josh Green). Na iminencia de tudo virar uma coisa só e terem que aturar Miles como irmão, ou a possibilidade de serem abandonados e terem que voltar para floresta, Alvin (Justin Long/Gustavo Pereira); Simon (Matthew Gray Gubler/wendel Bezerra) e Theodore (Jesse MacCartney/Rodrigo Andreatto) se juntam a Miles para impedir o pedido de casamento. O que significa viajar para Miami. E no meio do caminho arrumam tanta encrenca que conseguem chamar a atenção do Agente Suggs (Tony Hale) que vai lhes perseguir com todo o afã de um vilão. E é em cima desse arcabouço que as aventuras se dão, com diálogos fáceis, curtos, engraçados e infantis.
O filme animação tem uma pegada interessante quando alterna cenas de reflexão curtas sobre abandono, a falta que um pai faz e a necessidade de obediência aos responsáveis, com estímulos sonoros e visuais, que na verdade são descansos da atenção dentro da história. Nenhum argumento dura mais de cinco minutos, o que contempla a concentração dos menorezinhos. Com paisagens da Georgia, Flórida e New Orleans e 4 dezenas de músicas que vão de Paco Aguilera a Enio Morricone (The Good, The bad and the Ugly); de Dj Snake & Lil Jon a Piotr Ilyich Tchaikovsky (Waltz of the Flowers) “Alvin e os Esquilos na Estrada” é um bom divertimento para as crianças e para os adultos que os acompanham (caso não se incomodem com os sons estridentes das vozes dos esquilos).
A galera por trás da brincadeira é um bom time. Os roteiristas Randi Mayem Singer de “Uma babá Quase Perfeita” (1993) e Adam Sztykiel de “O Melhor Amigo da Noiva” (2008), mandam muito bem quando fazem a reflexão da necessidade da figura do pai e redefinem o conceito de família. Tudo isso sob a batuta dos veteranos Ross Bagdasarian e Janice Karman que fazem parte da franquia desde 1961. A trilha sonora ficou ficou por conta do indicado ao Primetime Emmy por “A Maldição de Quicksilver” (1997) e que fez a trilha da recente animação “Hotel Transilvânia 2“, Mark Mothersbough. Dirigido por Walter Becker de “Supresa em Dobro” (2009), o longa metragem traz paródias divertidas em relação aos clássicos do cinema como: “Psicose”; “O Iluminado”; “O Exorcista”; “Matrix” e faz uma galhofa muito boa com “Velozes e Furiosos”; Chucky: O Brinquedo Assassino” e “Karatê Kid”, dentre outros, tornando a coisa muito mais engraçada e estendendo a atenção ao acompanhante da criança, que é quem vai identificar esses referenciais. Mas quem vai conquistar a garotada é o segurança dos céus Agente Suggs, personagem de Tony Hale que está soberbo como aquele tio mal que conta histórias de dar medo nos babys .
Em suma, é um filme comum, sem grandes pretensões cinematográficas, mas é muito divertido. No quesito entretenimento, vale o quanto pesa e no quesito pedagógico é um excelente artefato lúdico para pensar a redefinição do conceito de família. Vale o ingresso.
P.s: Lembrando que a versão é dublada por motivos óbvios. (se dirige a crianças que ainda não lêem).
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