Star Wars – O Despertar da Força

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Star Wars – O Despertar da Força

Por | 2015-12-17T22:51:17-03:00 17 de dezembro de 2015|Crítica Cinematográfica|0 Comentários

Star Wars – O Despertar da Força (Star Wars – The Force Awakens). (Ação/Aventura/Fantasia); Elenco: Daisy Ridley, John Boyega, Adam Driver, Andy Serkis, Carrie Fisher, Harrison Ford, Peter Mayhew, Mark Hamill; Direção: J.J. Abrams; USA, 2015. 135 Min.

O Blockbuster mais esperado do ano foi, sem dúvida, a retomada da saga Star Wars. Desde seu início em 1977, com “Uma nova Esperança”, até hoje, se passaram 38 anos. E nesse ínterim a franquia ganhou vida a cada trilogia, a cada spin-off merchandising. Nessa retomada, após a venda da LucasFilm para a Disney, J.J. Abrams é o cara por trás das manutenções e mudanças, juntamente com os roteiristas Lawrence Kasdan de “Turista Acidental” (1988) e Michel Arndt de “Pequena Miss Sunshine” (2006). Dentre as manutenções sobreviveram o arcabouço da saga: a forma de contar a história, os contextos dos variados mundos e a mitologia da saga do herói; as brincadeiras divertidas, a tatibilidade da ação com as batalhas espaciais e as lutas com sabres de luz. E dentre as mudanças a atualização da velocidade da narrativa, a recontextualização e a contemporaneização do poder da força, agora estendido às mulheres. Ou seja, segue o caminho de outra franquia respeitada: “Mad Max”.

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No contexto da história, a República está decadente, o império não existe mais. Mas, a força rebelde ainda atua sob a batuta da General Léia (Carrie Fisher), confrontando-se com a Primeira Ordem sob o comando do soberano lider Snoke (Andy Serkis),  e seu pupilo Kilo Ren (Adam Driver) que estão em alerta  à procura de Luke Skywalker (Mark Hamill). O mapa que levaria ao último Jedi está escondido nos arquivos do andróide BB-8 que fica sob a proteção de Rey (Daisy Ridley) e Finn (John Boyega), este um stormtrooper dissidente. A aventura se dá em torno dessa proteção e procura. As costuras com as trilogias anteriores nos conta o destino de Léia e Hans Solo (Harrison Ford) e fecha redondinho impulsionando a parte mitológica da saga. “Star Wars – O Despertar da força” é uma releitura das trilogias anteriores e ao mesmo tempo se atualiza e deixa a porta aberta para as continuações.

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Dentre os aspectos que continuaram os mesmos, além do arcabouço da história, estão os atores que há 38 anos do primeiro episódio tiveram o privilégio de encarnar novamente esses personagens: Harrison Ford, Carrie Fisher, Antony Daniels (C3PO), Peter Mayhew (Chewbacca) hoje um senhor de 70 anos que revezou o papel com Joonas Suotano, e Mark Hamill; além do super compositor de trilhas John Williams, o autor da famosa Marcha Imperial. Sobre as referências cinematográficas, além dos outros episódios da saga, nos remete a “O Exterminador do Futuro”; “Mad Max – Estrada da Fúria” e “Lost”. Sobre J.J. Abrams, o diretor que deu vida e consistência a “Lost”, “Fringe” e “Alcatraz” e que não tem a menor dificuldade em trabalhar com criação de subjetividades e abstrações, mandou muito bem ancorado num arcabouço já dado. Logo, não ficou difícil e o resultado é harmônico, não choca, não surpreende, nem diverge daquilo que se tem como referencial anterior.

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Enfim, com um orçamento estimado em 200 milhões de dólares, a saga que conquistou gerações nas últimas quatro décadas, que foi responsável pelo início da era blockbuster e que é a maior franquia da história do cinema, mostra que ainda tem fòlego para muito mais. Numa palavra? Divertido!

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Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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