Maze Runner: A Cura Mortal (Maze Runner: The Death Cure) (Ação/Ficção-científica/Thriller); Elenco: Dylan O’Brien, Ki Hong Lee, Kaya Scodelario, Thomas Brodie- Sangster, Dexter Darden, Will Poulter, Giancarlo Esposito, Aidan Guillen; Direção: Wes Ball; USA, 2018. 141 Min.
Acabou-se o que não foi tão doce assim. O final da trilogia baseada no livro de James Dashner tem, enfim, seu capítulo final. Depois de “Maze Runner: Correr ou Morrer” e “Maze Runner: A prova de fogo“, “A Cura Mortal” traz um desfecho pífio para uma aventura que prometia algo parecido com “Jogos Vorazes”. Com uma tatibilidade exponencializada, num corre-corre e explosões para todos os lados, ficou só nisso mesmo, muita ação.
Depois de passar dois capítulos tentando sair da WCKD, o grupo liderado por Thomas (Dylan O’Brien) agora quer voltar ao laboratório para resgatar Minho (Ki Hong Lee). Enquanto Teresa (Kaya Scodelario) continua insanemente procurando a cura para a doença que se alastrou pelo planeta e está dizimando a humanidade, transformando a todos em zumbis. Nisso, e apenas nisso, se resume o último capítulo da saga que é uma mistura de “The Walking Dead” e “Divergente” e que não chega aos pés de “Jogos Vorazes”.
A direção dos três capítulos da saga tem a assinatura de Wes Ball, oriundo dos efeitos especiais e tendo na trilogia seus primeiros trabalhos com longa-metragem como diretor. O roteiro ficou por conta de T.S Nowlin de “Phoenix Forgotten” (2017) que não deu conta do recado, onde metade dos aspectos postos no 1º e 2º capítulos ficaram à deriva, focando somente no resgate e na cura e esquecendo a tessitura das habilidades dos meninos que, no início foram propositalmente desenvolvidas. O que merece destaque é a trilha sonora retumbante de John Paesano de “Demolidor” e a fotografia apocalíptica de Gyula Pados de “A Duquesa” (2008), e só.
Por fim, dos filmes apocalípticos que apostam no fim da humanidade e no recomeça de alguma forma, fico com “Planeta dos Macacos: O Confronto” e “Planeta dos Macacos: A Guerra“, que teve em seu roteiro camadas sobrepostas de aspectos passíveis de boas reflexões e belíssimas atuações sem perder na ação e na aventura. O que “Maze Runner: A Cura Mortal” nos diz é que nem tudo que começa bem termina bem. Deixou a desejar.
Deixar Um Comentário