A Morte Te Dá Parabéns

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A Morte Te Dá Parabéns

Por | 2018-06-17T00:59:07-03:00 14 de outubro de 2017|Crítica Cinematográfica|0 Comentários

A Morte Te dá Parabéns (Happy Death Day) (Horror/Mistério/Thriller); Elenco: Jessica Rothe, Israel  Broussard, Rubi Modine; Direção: Christopher Landon; USA, 2017. 96 Min.

Os filmes de terror estão cada vez mais misturados a outros gêneros, e assim mais próximos do cotidiano do espectador e portanto mais leves. Em “7 Desejos” (2017)  de John Leonetti tivemos essa mesma pegada de mistura de gêneros e um enredo bem crível, dentro do possível no mundo da fantasia. Da mesma forma acontece com “A Morte Te Dá Parabéns”. Com um argumento simples, um enredo bem costurado, um pouco de comédia e uma boa direção, o longa prende a atenção, dá alguns sustos, usa de clichês do terror em doses homeopáticas e diverte.

O argumento é simples, uma jovem, Tree (Jessica Rothe) está cursando a faculdade e faz parte de uma fraternidade. Mora numa república e no dia do seu aniversário ela é assassinada e fica presa num looping acordando sempre no mesmo dia – o do aniversário – e com isso ela tem a chance de descobrir quem é seu assassino e evitar morrer… de novo. O desencadear da história é inteligente, não cansa, é diverso e divertido. Mistura os gêneros: policial, comédia, terror e romance e, ainda, tem um final inesperado, fugindo do óbvio.

A direção de Christopher Landon de “Paranóia” (2007) e “Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal” (2014) mandou bem nos diferentes humores de cada retorno ao looping. Mesmo com os fatos se repetindo não ficou chato nem cansativo, ao contrário, desperta mais curiosidade no espectador e enche  história de graça. As atuações estão muito boas, principalmente, a de Jessica Rothe. A trilha sonora ajuda na condução da variação de atmosfera e foi composta por Bear McCreary de “Rua Cloverfield, 10” (2016), oriundo de séries e filmes de TV.

Em suma, “A Morte Te Dá Parabéns” entra nesse novo nicho light de terror que cumpre sua função de provocar tensão, mas ao mesmo tempo dá uma aura divertida à história. Até porque, o terror não está nos clichês do gênero, mas no cerne da história. Já imaginou acordar várias vezes no mesmo dia, sabendo tudo o que vai acontecer, inclusive que você morre no final? Pois é, esse enredo rendeu medo, revolta, chances de perdão, um espaço para investigação policial e muita gargalhada. Bonzinho, o filme.

Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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