Bohemian Rhapsody (Biografia/Drama/Música); Elenco: Rami Malek, Gwilym Lee, Ben Hardy; Direção: Bryan Singer; Reino Unido/USA, 2018. 134 Min.
Indicado a dois globos de ouro e, possivelmente, ao Oscar “Bohemian Rhapsody” conta a história da banda de rock Queen e de seu vocalista Freddie Mercury. A cinebiografia é um achado entre tantas outras, também extraordinárias. Mas, o que a diferencia é a simbiose entre a persona de Freddie e seu grupo. O quanto um e outro são uma unidade e o quanto a abordagem transmite isso. A suavidade em contar a história de Freddie associada a trajetória da banda, em detrimento de algumas cinebiografias que se detiveram nos momentos mais difíceis de seus biografados, como: James Brown, Janis Joplin e Kurt Cobain é admirável. O resultado é uma biografia enxuta e inteligente. Além de uma grata homenagem a uma das dez melhores vozes da história do rock e que é um verdadeiro show da banda Queen dentro do cinema.
Dirigido por Bryan Singer da franquia X-men, “Bohemian Rhapsody” leva o nome de uma das canções do álbum “A Night at the Opera” de 1975, categorizado como rock clássico e laureado com os prêmios Grammy Hall of Fame Award, Brit Award: Melhor Single Britânico, MTV Video Music Award: Melhor Clipe de um Filme. A forma de narrativa dessa história simbiótica entre Freddie Mercury e a banda Queen foi idealizada por Anthony McCarten que, juntamente com Peter Morgen fizeram um roteiro brilhante e enxuto. Acostumados a cinebiografias, Anthony escreveu “A Teoria de Tudo” (2014) que conta a história do cientista Stephen Halking; “O Destino de Uma Nação” (2017) sobre Winston Churchill e; Peter roteirizou a história de Idi Amim Dada em “O Último rei da Escócia” (2006) e, ainda, “A Rainha” (2006). Vindo de mãos tão experientes não era de se esperar menos.
Detalhes à parte, a escolha dos atores não poderia ser melhor. Rami Malek de “Mr Robot” (2015) como Freddie, que está simplesmente espetacular; Gwilym Lee como Bryan May cuja semelhança é admirável e Ben Hardy como Roger Taylor. O que se destaca são os estudos coreográficos das apresentações em shows e o estudo do gestual e expressões dos três astros. O preciosismo da produção é algo a ser reverenciado. A música – seleção e organização- ficou por conta do compositor John Ottman que também fez a edição do longa. Uma ideia genial para um filme sobre músicos e com músicas.
Em suma, quem for assistir ao filme e tiver vivido a época do Queen ira viajar no tempo, quem não conheceu vai se tornar fã e procurar toda a sua obra. “Bohemian Rhapsody” cumpre sua missão de homenagem a Freddie Mercury em pouco mais de duas horas, que se passam voando. Literalmente, UM SHOW.
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