“Casa Gucci” – Uma história de glamour e ganância

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“Casa Gucci” – Uma história de glamour e ganância

Por | 2021-11-25T17:38:42-03:00 25 de novembro de 2021|Crítica Cinematográfica|0 Comentários

Casa Gucci (House of Gucci) (Drama/Policial); Elenco: Lady Gaga, Adam Driver, Al Pacino, Jeremy Irons, Jared Leto, Salma Hayek; Direção: Ridley Scott; Canadá/EUA, 2021. 197 Min.

Demorou mas, chegou! Após adiamentos nas filmagens devido as restrições sanitárias do nosso momento, ainda, pandêmico, enfim, o filme de Ridley Scott sobre a família Gucci entra em cartaz. Baseado no livro da escritora Sara Gay Forden “House of Gucci: a sensational history of murder, madness, glamour and greed” o longa é estrelado por Lady Gaga, tem um elenco estelar e quase três horas de exibição.

O recorte histórico é o relacionamento entre Maurizio Gucci (Adam Driver) e Patrizia Reggiani (Lady Gaga) no contexto dos negócios das empresas Gucci. A abordagem é sagacidade da Madame Gucci para os negócios e para manipular pessoas. O que desembocaria no assassinato de Maurizio Gucci em 1995. Os roteirista Becky Johnston de “Sete aos no Tibet” (1997) e “O Príncipe das Marés” (1991), juntamente como o novato Roberto Bentivegna se detém nas conexões familiares, seus atritos e vão até o final informando o desfecho desta história real e sangrenta. Sob o argumento de poder, o longa segue a linha de ” O Conselheiro do Crime” (2013) e sob a égide da ambição e ganância a linha de “Todo Dinheiro do Mundo” (2017), ambos do diretor Ridley Scott, conhecido por filmes como “Gladiador” (2000), Hannibal” (2001) e “Prometheus” (2012).

Os aspectos técnicos do filme são primorosos, dignos do tão estabelecido império de artigos de luxo. O elenco conta com uma constelação de respeito: Al Pacino (Aldo Gucci), Jeremy Irons (Rodolfo Gucci). A direção de arte é supervisionada por Cristina Onori de “Maria Madalena” (2018) e da famosa e impecável série “Roma” (2005-2007). Onori traz uma direção de arte meticulosa através dos detalhes dos anos 70, 80 e 90 do século passado. As composições e a escolha da trilha sonora que esteve sob batuta de Harry Gregson-Williams de “Mulan” (2020) e “As Crônicas de Nárnia” (2005) e que trabalho com Ridley Scott há tempos está um primor e traz Donna Summer, David Bowie, Eurythmics, Lana Del Rey, Blondie, Amy Winehouse entre outros. Ou seja, os ícones das décadas abarcadas pela história. O figurino desenhado pela oscarizada figurinista Jany Yates de “Gladiador” (2000) está digno de uma produção que habita o mundo da moda. Para finalizar e não menos importante, a fotografia de Dariuz Wolski de “Relatos do mundo” (2020) fecha o desfile de primorosidades técnicas.

Burburinhos e especulações à parte, sobre as atuações não há do que reclamar com o elenco escolhido. Mas, mais uma vez Jared Leto, irreconhecível como Paolo Gucci, rouba a cena e promete ser mais uma vez a mosca na sopa, o grande injustiçado como acontecido em “O esquadrão Suicidada”(2016). Em relação à Lady Gaga se espera que seja indicada mais um vez ao Oscar pelo papel da Mdme Gucci. Seria sua terceira indicação ao Oscar e segunda como atriz. Lady Gaga já é oscarizada pela canção de “Nasce Uma Estrela”(2018).

Em suma, o mais recente filme de Ridley Scott é um produto comercial que fala sobre guerra comercial, poder, ganância, assassinato e muito glamour. seguindo a mesma linha de “Todo Dinheiro do Mundo” (2017) “Casa Gucci” veio para ‘causar’ que o diga a energia poderosa de Lady Gaga.

Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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