Crô em Família (Comédia); Elenco: Marcelo Serrado, Arlete Salles, Tonico Pereira, Fabiana Karla, Rosi Campos, Monique Alfradique; Direção: Cininha de Paula; Brasil, 2018.
O cinema é produto comercial independente do nicho em que se encontre, se no de artes (filme-cabeça), independente, políticos, ideológicos e afins. Uns são mais comerciais que outros que, dividem esse objetivo com seus viéses mais específicos como produção cinematográfica. E, existem ainda, os assumidamente comerciais como os blockbusters e os de consumo rápido, esse é o caso da comédia de “Crô em Família” oriundo da novela “Fina Estampa” de Aguinaldo Silva. A personagem saiu da TV e virou filme em 2013, arrastando 1,6 milhões de telespectadores para o cinema, agora retorna para sua segunda passagem pela telona. Logo, tem um público específico e já vem ancorado com um selo de sucesso para os parâmetros das bilheterias nacionais. O longa mantém todas as características que seu público aprecia: bordões, roteiro simples, com muitos clichês e plot twists.
Dessa vez Crô (Marcelo Serrado) se vê as voltas com uma família nova que aparece do nada. A personagem mantém sua performance caricata, que é sua grande graça, e todos os bordões que lhe cabem naquele latifúndio. O que dizer do longa? Que Marcelo Serrado está divino, o resto são plumas, paetês e purpurina. Contando com Arlete Salles, Tonico Pereira e Marcos Caruso no elenco, o longa é mais uma comédia da Globo Filmes no circuito. Seria uma injustiça e até, crueldade criar juízo de valor para “Crô em Família” com os critérios que utilizamos para analisar filmes de outros gêneros e para outros públicos. Então, para o que se proposita – divertir – e para o público ao qual é dirigido – o de novelas – a obra cumpre seu papel.
O cinema é um espaço live e de múltiplas possibilidades e estilos com lugar garantido para todos os tipos de filmes e argumentos, e o cinema nacional tem se mostrado diverso e competente. No caso de “Crô em Família” seu objetivo é a comercialidade com alguma mensagem un passant sobre diversidade, valor da amizade e redefinição do conceito de família. Então, para o espectador que queira matar a saudade da personagem da novela ou que esteja querendo dar algumas gargalhadas, tá valendo!
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