Detetives do Prédio Azul (D.P.A) – O Filme

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Detetives do Prédio Azul (D.P.A) – O Filme

Por | 2018-06-17T00:55:24-03:00 14 de julho de 2017|Crítica Cinematográfica|0 Comentários

Detetives do Prédio Azul (D.P.A) – O Filme (Mistério/Aventura/Família); Elenco: Letícia Braga, Andreson Lima, Pedro Henrique Motta, Tamara Taxman, Suely Franco, Maria Clara Gueiros; Direção: André Pellenz; Brasil, 2016. 90 Min.

Nascido de uma mini-série de TV que teve início em 2012 “Detetives do Prédio Azul” tem como características a ingenuidade, o purismo infantil e alguma pitada didática com aspectos educacionais. Dirigido por André Pellenz de “220 Voltz” (2011) e “Minha Mãe é uma Peça – O Filme” (2013) o longa lembra “O Castelo Ra-Tim-Bum” (1994-1997) e “As Aventuras do Tio Maneco” (1971).

A história consiste nas aventuras de três crianças de um condomínio que têm um clube de detetives e que resolvem todos os ‘casos estranhos’ do lugar onde moram – o Prédio Azul. Misturados a um contexto de magia, uma narrativa de literatura infantil e com muito incentivo à cognição, o longa respeita os descansos de atenção dos menorezinhos, com muita ação e aventura espaçadas por raciocínios lúdicos, musicidade  e cores vibrantes bem ao estilo infantil. Nesta produção o trio Sol ( Letícia Braga), Bento (Anderson Lima) e Felipo ‘Pipo’ (Pedro Henrique Motta) investigam o sumiço do retrato de Vó Berta (Suely Franco) e junto com ele os amuletos de três bruxos que estavam na festa de Dona Leocádia (Tamara Taxman) com o objetivo de salvar o edifício onde moram. A partir daí o que temos é muito humor ingênuo, fomento a inteligência investigativa e à cognição como muito poucas produções, hoje em dia, ousam fazer. O Longa lembra o “Castelo Ra-tim-bum” em sua vibe de magia e didatismo e “As Aventuras do Tio Maneco” na relação dos adultos com as crianças no quesito respeito ao seu mundo sem fronteiras entre a magia e a realidade e à lógica delas. Eminentemente infantil, a classificação para o longa foi definida para 3 anos em diante.

Quanto os aspectos técnicos, o roteiro de L.G.Bayão e Flávia Lins e Silva é competente quando dá poder a lógica infanto-juvenil e que, em nada exclui os mais ‘velhos’. Ao contrário, a graça vem daí, tanto jovens quanto adultos viajarem na lógica infantil e nas suas ausências de muros preconceituais de qualquer aspecto. O figurino assinado por Marcelos Pies é bem definidor da personalidade de cada um, e as atuações caricatas dos bruxos estão no tom para darem vida e sentido para os mais novinhos e isso é lido nas cores muito bem usadas para tal.

“Detetives do Prédio Azul (D.P.A) – O Filme” é um produto de qualidade para o público infantil e  didático do ponto de vista da plasticidade e do engendramento da história. Nas atuações os destaques para Octávio Müller (o Bruxo Jaime Quadros) e George Sauma (Pietro), Tamara Taxman (A Bruxa Leocádia) e Maria Clara Gueiros (a Bruxa Mari P). Concluindo, vale o ingresso e é diversão certa para as crianças e saudosismo garantido para os papais e mamães.

 

Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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