Drácula: a história nunca contada (Drácula Untold). (Ação/Drama/Fantasia); Elenco: Luc Evans, Dominic Cooper, Sara Gadon, Charles Dance; Diretor: Gary Shore; USA, 2014. 92 Min.
Esqueça tudo o que você já ouviu falar sobre vampiros. As criaturas soturnas, ávidas por sangue, a representatividade das trevas e do mal. E ainda, os fieis senhores de uma sedução velada, proibida e levada as últimas consequências do prazer, a morte. Tudo o que se viu nos filmes desde “Nosferatu” (1922) a “Anjos da noite IV” (2012); de Bela Lugosi a Christopher Lee.
A nova versão se dedica a contar a história do começo de tudo. E se aventura a fabular sobre o que teria sido uma saga de sacrifício, doação, amor e desistência. Uma jornada no melhor estilo Anakin Skywalker (Star Wars) aquele que busca o bem e se machuca tanto que se torna o mal.
Os roteirista Matt Sazama e Burk Sharpless se baseiam na história de Bram Stocker para trazê-la para a linguagem do cinema e conta com a direção de Gary Shore. A galera toda é marinheiro iniciante. É primeiro longa de Gary e os roteirista não produziram nada de significativo no mundo do cinema, até então. Mas a receita não é de tudo mal. Traz takes que lembram grandes obras do cinema, como as montanhas e as torres de “Senhor dos Anéis”, a revoada de morcegos que lembram “Batman Begins”, os ataque de criaturas aladas que nos remetem à “Múmia”, umas caminhadas de exércitos que nos fazem viajar por “Games of Thrones” e umas chamadas de diálogos que nos jogam dentro de “Jogos Vorazes”. Se foi homenagem ou apelo semiótico ao nosso emocional? Vá saber.
O que deu um ar de nobreza a história é ela ser contada pelo filho e parecer insinuar que o mal tem um cristo mal sucedido. Alguém que defendeu seu povo, seu filho, sua família e foi mal compreendido e lançado nas chamas do inferno para arder por toda a eternidade.
O filme é uma produção da Universal Pictures e traz Luke Evans (Vlad) de “O corvo” e “Velozes e Furiosos 6” numa performance homem de família e vampiro bem comportado. Os efeitos especiais são comuns para o que se está acostumado hoje. Mas, a trilha sonora encanta é procedente e portentosa. E tem um adendo inusitado, vai fazer você torcer pelo mal. E isso é legal, tirar do lugar comum. Pra quem gosta do estilo e conhece tudo, deixa a desejar, mas pra quem gosta de um desfile de novidades e não está muito a fim de pensar é uma boa mordida….ops! pedida.
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