Guardiões da Galáxia Vol. 2

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Guardiões da Galáxia Vol. 2

Por | 2017-05-06T23:18:49-03:00 6 de maio de 2017|Crítica Cinematográfica|0 Comentários

Guardiões da Galáxia Vol.2 (Guardians of the Galaxy Vol. 2) (Ação/Aventura/Ficção-Científica); Elenco: Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Silvester Stalone, Kurt Russel, Michael Rooker; Direção: James Gunn; USA, 2017. 136 Min.

Mantido o arcabouço da vibe dos quadrinhos, como a ironia, o sarcasmo e as piadas infantis “Guardiões da Galáxia Vol 2” é mais bem elaborado que o primeiro filme da franquia. Mais bem aparatado em relação a harmonia entre o estilo do produto e o tema abordado, e este é muito bem conduzido. Trata-se de relações familiares e de afeto. O que se  pode dizer do longa mais recente dirigido e roteirizado por James Gunn, é que tem assunto, faz referências procedentes e irônicas com outras obras cinematográficas, além de ser um veículo cuja trilha sonora é um personagem na história.

Situado na infância de Groot (Vin Diesel- voz), o longa conta a história da saga de Peter (Chris Pratt), o senhor das estrelas, à procura de seu pai numa paródia gostosa que mistura Jor-el de “Superman” e Darth Vader de “Star Wars”  com Ego (Kurt Russel) numa salada e tanto. A partir desse start  as relações de afetos e desafetos deslancham na história. Gamora (Zoe Saldana) vive às voltas com ódio da irmã Nebulosa (Karen Gillan); e Drax (Dave Baustista) com sua mais nova amiga/desamiga Mantis (Pom Klementieff). E, é claro, Rocket (Bradley Cooper – voz) o guaxinim metido a Mcgiver que é uma mistura de Yoda e mestre gafanhoto pós-moderno com suas pendengas com Groot. Tudo isso para falar de equívocos, injustiças, perdões, carências, medos e sensibilidades, enquanto se salva a galáxia.

Recheando tudo isso temos uma trilha sonora que fala sozinha, assinada por Tyler Bates de “Watchmen” (2009) que vai de George Harrison a Cat Stevens e que se impõe no título com a designação de ‘Volume 2’ já que, no primeiro foi seu marco principal. Já na fotografia de Henry Braham de “A Lenda de Tarzan” (2016) o CGI manda muito, já que nos quadrinhos o impossível acontece e não haveria de ser diferente na versão cinematográfica. As referências estão por toda a parte, de Super-man a Star Wars, de Matrix a Star Trek. E não pára por aí, o longa tem quatro cenas pós-créditos e, talvez, a maior participação de Stan Lee em uma das obras de seus personagens. Mas o grande destaque vai para Michael Rooker de “The Walking Dead” que está fantástico como Yondu e rouba a cena.

Com as bençãos do nonagenário Lee “Guardiões da Galáxia Vol 2” não deixa de ser um pool de produtos da Marvel, um blockbuster  que tem público cativo. Mas, dessa vez, muito melhor que o primeiro filme, mais conciso, inteligente e fechadinho. Vale até para quem não é fã.

Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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