Hans Solo: Uma História Star Wars (Solo: A Star Wars Story) (Ação/Aventura/Fantasia); Elenco: Alden Ehrenreich, Joonas Suotano, Woody Harrelson, Emília Clarke, Donald Glover, Paul Bettany; Direção: Ron Howard; USA, 2018. 135 Min.
Prequel dos prequéis o segundo spin-off de Star Wars conta a história de Hans Solo, o contrabandista das galáxias. A chamada space opera está localizado, dentro da saga, antes de “Ameaça Fantasma” (Episódio I). Formadores do projeto ‘Antologia Star Wars’, os spin-offs se comportam como uma espécie de argamassa dessa história que encanta milhões de espectadores trançando narrativas que se conectam, de alguma forma à história maior (mesmo que essa não seja sua proposta). Em “Rogue One” o enredo era sobre como os rebeldes conseguiram a planta da estrela da morte, se conectando à saga na entrega desse à princesa Léa. Em “Hans Solo” o chão da história é a apresentação da vida do herói que viria a ser o pai de Ben Solo/Kilo Ren com a princesa Léa (Carrie Fisher), e se conecta à história com a ligação de Solo com Lando Calrissian, o dono da Millenium Falcon e o encontro com Chewbacca. Fazendo expandir o Universo Star Wars.
Hans Solo (Alden Ehrenreich) é um contrabandista do planeta Corellia, apaixonado por Qi’ra (Emilia Clarke), que é obrigado a sair de seu planeta. Rebelde e procurando trabalho, se junta ao grupo de Beckett (Woody Harrelson) como piloto. Para conseguir sua própria nave desafia Lando Calrissian (Donaldo Glover) num jogo e adquire a nave Millenium Falcon. Lutando numa guerra é capturado e conhece Chewbacca (Joonas Suotano) que viria a ser seu parceiro em aventuras. Toda essa jornada é contada ao espectador que já conhece sua história com os rebeldes, seu romance com a princesa Léa e seu fim trágico pelas mãos do filho Kilo Ren (Adam Driver). Ou seja, “Hans Solo: Uma História Star Wars” é a sagração da personagem contando sua origem e sua história antes de tudo o que já sabemos, e o faz com muita propriedade e com conexões procedentes, linkando com “Ameaça Fantasma” quando apresenta Darth Maul , o Zabrak do planeta Dathomir que é o vilão do primeiro episódio( prequel) da saga.
Dirigido por Ron Howard, conhecido pela trilogia Código da Vinci, “Apollo 13” (1995) e “Uma Mente Brilhante” (2001) o longa mantém a vibe da franquia ovacionada e querida por um público fidelíssimo e exigente. Os roteiristas Jonathan e Lawrence Kasdan são os mesmos de “O Despertar da Força” (2015), seguindo o ditado que diz que “Não se mexe em time que está ganhando”. O compositor da trilha sonora é John Powell, que mantém o estilo das composições de John Williams, modernizando-a. O elenco é de primeira grandeza com Woody Harrelson de “jogos Vorazes”, Emilia Clarke de “Games of Thrones” e Paul Bettany de “Vingadores: Guerra Infinita”. O Designer de produção e a direção de arte ficou com a mesma galera da saga “Harry Potter”, que por sua vez, mandaram muito bem.
Em suma, “Hans Solo: Uma História Star Wars” é um produto que cumpre bem sua função de argamassa para essa saga mitológica moderna, mantendo os referenciais originais e inovando naquilo que seria a revitalização para criar novos fãs. Não surpreende, mas agrega valor a um produto que tem o respeito de seu público. Agrada a gregos e troianos e no final ainda arranca alguns aplausos dos mais aficionados. Vale o quanto pesa.
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