Kingsman: O Círculo Dourado (Kingsman: The Golden Circle) (Ação/Aventura/Comédia); Elenco: Taron Egerton, Julianne Moore, Colin Firth, Pedro Pascal, Mark Strong, Halle Berry, Channing Tatum, Jeff Bridges, Elton John; Direção: Matthew Vaughn; Reino Unido/USA, 2017. 141 Min.
Baseado no Comic Book “The Secret Service” de Mark Millar e Dave Gibbons “Kingsman” se apresenta como um produto que dá ênfase a ação de espionagem e aos apetrechos que todo imaginário popular faz da tecnologia usada pelos serviços de inteligência, vide a franquia “007”. Em “Kingsman: O Círculo Dourado” Matthew Vaughn dá cores culturais aos serviços secretos britânico e americano como mais um tempero.
Com um inimigo em comum – Poppy (Julianne Moore) uma super traficante – a agência inglesa se junta a agência americana “Statesman” para combatê-la. Depois de terem a organização desmantelada pela dissimulada vilã não restou nada além de pedir ajuda dos Statesman chefiados por Champ (Jeff Bridges) de Champagne – sua bebida favorita – um agente chamado Whiskey (Pedro Pascal) e outro chamado Tequila (Channing Tatum). A agência cavaleiros cujos nomes se remetem à Távola Redonda – Merlin (Mark Strong), Arthur (Michael Gambon) – se juntam aos cowboys nessa aventura que tem duas horas e vinte minutos de exibição. E isso sobrecarrega o espectador pois o longa não tem roteiro para tanto. “Kingsman: O Círculo Dourado” tem muita ação e seu humor se ancora na ironia e nas insinuações, mas não tem a mesma pegada do filme anterior, não arrebata e, ainda, traz a história de Harry (Colin Firth) paralela a história principal.
Roteirizado por uma mulher, Jane Goldman de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, a história tem uma pegada que facilita o entendimento da personalidade da vilã mais transparente, embora caricata, embora pareça ter sido essa a intenção. Mas, o que se destaca mesmo é o super elenco: Colin Firth, Julianne Moore, Mark Strong, Halle Berry, Channing Tatum, Jeff Bridges e a participação especial de Elton John, que roubou o filme inteiro como prisioneiro de Poppy. A trilha sonora é boa e vai de John Denver a Prince. Os efeitos especiais cairam no lugar comum, numa era em que a captura de movimento é a vedete do momento, o crème de la crème,
mas estão ‘bem na fita’.
Enfim, “Kingsman: The Golden Circle” (no original) é mais do mesmo por mais de suas horas.Mas, para filmes do estilo e para quem curte o gênero vale o ingresso. Mas quem quiser ver como uma ‘guerrinha’ cultural a coisa passa a ter mais graça, conteúdo e até uma certa crítica. Apresentando os ingleses com suas boas maneiras e antagonizando-os com o jeitão bruto do cowboy, e até uma ‘rinha’ gostosa entre Elton John e Frank Sinatra, um presente em pêlo e o outro presente na trilha. Mas essa sutileza não é a marca registrada do filme, ele é bem mais concreto em seus proposta do que subjetivo. Como diz o ditado popular “tudo depende dos olhos de quem vê”.
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