Maligno (The Prodigy)(Horror/thriller);Elenco:Jackson Robert Scott, Taylor Schilling, Paul Fauteux;Direção: Nicholas McCarthy; Canadá/USA, 2019. 92 Min.
Misture “O Bebê de Rosemary” (1968) com “A Profecia” (1976); “Precisamos Falar sobre Kevin” (2011) e pitadas de “Dexter” (2006) numa releitura atualizada e temos “Maligno”. O filme dirigido por Nicholas McCarthy e escrito por Jeff Buhler é um daqueles do gênero terror/suspense que valem a pena assistir, mesmo para quem não é fã do estilo. A abordagem é inteligente, o que é difícil de ver em filmes do nicho.
A família Blume é mais uma, entre outras tantas, que querem um bebê. Depois de muito tentarem , conseguem realizar seu sonho. Nasce Milles (Jackson Robert Scott) que tem uma inteligência acima da Média e um comportamento impiedoso. A partir de alguns episódios fortes de infância os pais, Sarah (Taylor Schilling) e John (Peter Mooney) decidem procurar especialistas e descobre uma conexão encarnatória com um serial Killer do passado. O longa não tem nenhuma pretensão espiritualista nem filosófico/existencialista, mas brinca, brilhantemente, com os medos de qualquer pai e mãe sobre a índole de quem está chegando ao mundo. Este argumento já é assustador na vida real, imaginem embalado por todos os clichês de terror e camadas que envolvem ciência e espiritualidade.
O terror canadense dirigido por Nicholas McCarthy de “Na Portado Diabo” (2014) e “Pesadelos do Passado” (2012) tem a virtude de prender a atenção do espectador minuto a minuto e trazer camadas sutis que se ajustam para contar uma história que está bem perto da realidade. Com takes clichês de terror, a história escrita por Jeff Buhler de “O Último Trem” (2008) e “Cemitério Maldito” (2019) – em fase de pós produção e baseada na obra de Stephen King – nos remete a “precisamos Falar Sobre Kevin” e “Dexter” numa mistura no ponto certo. Mas, quem rouba a cena são: o garoto Jackson Robert Scott no papel de Milles, que está simplesmente diabólico e; Paul Fauteux de “Frontier”. Mesmo aparecendo pouco, sua atuação é marcante.
Que os filmes de terror tem melhorado muito ultimamente, isso é inegável. “The prodigy” (no original) é mais um dessa nova leva. Mas, por mais que se tente não chega aos pés de “O Bebe de Rosemary” e “A Profecia” que até hoje são assutadores e ganham de lavada. Mas, a possível, inspiração, foi bem sucedida. Numa palavra? Surpreendente!
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