O Banquete (Drama); Elenco: Drica Moraes, Caco Ciocler, Rodrigo Bolzan, Mariana Lima, Bruna Linzmeyer; Direção: Daniela Thomas; Brasil, 2018. 104 Min.
Misture ‘O Banquete’ de Platão, “A Festa” (2017) de Sally Potter e pitadas de”O animal Cordial” (2017) de Gabriela Amaral que você terá “O Banquete” de Daniela Thomas. Inspirado levemente na obra ‘O Banquete’ de Platão e em reuniões de amigos e familiares do cotidiano da diretora/roteirista durante sua vida, o longa tem um argumento procedente: falar de amor e amizade na contemporaneidade em que o prato principal é o escárnio e a ironia.
Ambientado na era Collor de Mello ” O Banquete” apresenta uma reunião de amigos de longa data para comemorar o aniversário de casamento de Mauro (Rodrigo Bolzan), um editor chefe de uma revista importante, e Bia (Mariana Lima), uma atriz renomada, ancorado num critério bastante particular. Os convidados chegam a começam as alfinetadas dentro do contexto de suas vidas pessoais refletindo sobre a resignificação do conceito de amizade, amor, lealdade com contexto político, e afins. O longa prende a atenção do espectador por quase duas horas com dissertações espetaculares sobre relações humanas em que o véu da hipocrisia é retirado em camadas.
O forte da obra é o roteiro de Daniela Thomas de “Vazante” (2017) e as atuações sensacionais de Drica Moraes, Caco Ciocler, Mariana Lima e Bruna Linzmeyer. Num único cenário – a sala de jantar – e em planos-sequência , “O Banquete” é híbrido misturando teatro e cinema pela sua performance de atuação bastante enfática e por vezes, caricata. Por tal, seleciona um público que curte reflexões filosóficas, relações humanas e que tem prazer em acompanhar o jogo de xadrez do raciocínio humano. Genial!
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