O Sétimo Filho (Seventh Son). (Ação/Aventura/Fantasia); Elenco: Ben Barnes, Julianne Moore, Jeff Bridges, Antje Traue, Alicia Vikander; Diretor: Sergey Bodrov. USA/UK/Canadá/China, 2014. 102 Min.
Depois que Julianne Moore ganhou o Oscar de melhor atriz, vamos ter que conviver com uma overdose da musa do momento por um bom tempo, mesmo que nem tudo o que reluza seja ouro. Duas estreias essa semana trazem a atriz interpretando personagens principais. A bola da vez é “O Sétimo Filho”, uma história de fantasia e aventura inspirada no livro The Spook’s Apprentice de Joseph Delaney, que se divide em oito partes. A Versão cinematográfica abarca duas – O aprendiz e A maldição – e trata-se do velho chavão do bem contra o mal.
A história é a saga de um aprendiz de caça-bruxas, Tom Ward (Ben Barnes) que foi escolhido pelo Mestre Gregory (Jeff Bridges) para ser seu mais novo aprendiz , por ser o sétimo filho de um sétimo filho. Sua primeira missão é enfrentar a rainha das bruxas Mother Malkin (Julianne Moore) e nos interstícios dessa jornada, como sempre surge um grande amor, como sempre surge um grande conflito interno e externo, como sempre segredos são descobertos. Tudo muito corriqueiro, simples, comum e raso. Mas tem um adendo para a galera que ama tecnologia…o CGI. Efeitos visuais, computação gráfica e tal, são o forte da obra. O que fica mais tátil por ser exibido na versão 3D.
No contexto da história no filme, a ambientação não tem designação de tempo algum, a narrativa é sem referencial histórico, mesmo que imaginário. O que deixa uma clareira imensa nas conexões e no assentar da jornada na imaginação do espectador. Pelo figurino, pelas construções e pelas armas forjadas, o filme nos remete ao contexto de “Games of Thrones” sem a pompa, circunstância e vilania inteligente da série, é claro. Os efeitos especiais, as criaturas e as batalhas intermitentes, nos lembram “O Hobbit – A batalha dos cinco exércitos”, que têm a mesma expertise de efeitos visuais.
Porém, o mais interessante é que o cabedal da galera que compõe a equipe de realizadores é de tirar o chapéu. Quem adaptou o roteiro foram: Charles Leavitt de “Diamantes de Sangue” (2006), Steven Knight de “Coisas Belas e Sujas” (2002) pelo qual foi indicado ao Oscar, e Matt Greenberg de “1408”. A trilha sonora é uma trovoada de Marco Betrami, indicado a dois Oscares por “A Guerra ao Terror” (2008) e “Os indomáveis” (2007) e responsável pela trilha do imortal “Exterminador do Futuro 3 – A rebelião das Máquinas” (2003). A fotografia é de Newton Thomas Sigel de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014). E a edição é de Paul Rubell de “Colateral” e “O Informante”, indicado ao Oscar pelos dois filmes. Sem falar na Julianne Moore que dispensa apresentações. Quem não tem muito Know-How é o diretor Russo, Sergey Bodrov que tem algumas premiações em festivais pelos não tão conhecidos “Prisioneiro das Montanhas”(1996) e “O Guerreiro Genghis Khan” (2007). No entanto, duas surpresas são dignas de menção, a atuação e a beleza da alemã Antje Traue que interpreta a irmã de Mother Malkin – Bonie Lizzie. E a co-produção com a china, que depois de invadir o mundo com seus produtos mega em conta, agora estende seus tentáculos para o cinema blockbuster americano, porque a majoritariedade da produção é dos Estados Unidos…ainda (rsrsr)
No mais, “O Sétimo Filho” é um filme de ação, cheio de criaturas bizarras, com uma história comum de luta do bem contra o mal, recheada de lendas e feitiços. Mas, é voltado para a galera que curte ver o inacreditável concretizado pela computação gráfica. Viva o CGI!
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