Samy e Eu (Sammy y Yo/ Sammy and Me) (Compedia/Família/Romance); Elenco: Ricardo Darin, Angie Cepedo, Henny Trayles, Cristina Banegas; Direção: Eduardo Milewicz; Argetina, 2002. 85 Min.
É muito interessante o processo de envelhecimento das obras cinematográficas. Algumas nunca mais se ouve falar, não fazem diferença terem existido ou não; outras, mesmo que não se tornem um clássico, nos trazem remetências a outras obras, se mostram um marco da mentalidade de uma época, ou ainda, um referencial da carreira de alguém. No caso de “Samy e Eu” seu envelhecimento nos apresenta Ricardo Darin depois de “Nove Rainhas” (2000), filme que o lançou ao sucesso e ao reconhecimento mundial no cinema. Também nos traz um roteiro existencialista à la Woody Allen, mas com sangue latino.
Samy (Ricardo Darin) é um roteirista de televisão, paranóico e deprimido que, tenta dar um novo rumo à sua vida quando encontra Mary (Angie Cepeda). A partir desse encontro é jogado num turbilhão de acontecimentos sem controle que o transformam em astro do programa de TV. A abordagem intimista e reflexiva nos lembra “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”. Os diálogos, a trilha sonora de Jazz e as sacadas cômicas são similares.
O filme que acaba de completar sua maioridade (18 anos), dirigido por Eduardo Milewicz de “A Vida de Muriel” (1997), será exibido no streaming para o deleite dos fãs do cinema argentino. Roteirizado por Camen López-Areal o longa envelheceu bem, continua engraçado e inteligente.
P.S: O longa será exibido na plataforma streaming do Petra Belas Artes de São Paulo
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