Snoopy & Charlie Brown – Peanuts, o filme

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Snoopy & Charlie Brown – Peanuts, o filme

Por | 2016-01-25T23:26:36-03:00 25 de janeiro de 2016|Crítica Cinematográfica|0 Comentários

Snoopy & Charlie Brown: Peanuts, o filme (The Peanuts Movie). (Animação/Aventura/Comédia); Elenco: Bill Melendez, Hadley Belle Miller, Alexander Garfin, Kristin Chenoweth, Francesca Capaldi, Rebeca Bloom; Direção: Steve Martino; USA, 2015. 88 Min.

A tirinha de jornal da década de 50 de autoria de Charles M. Schulz (1922-2000), que se desdobrou em HQs,  chegou a ser peça teatral na Broadway e que sobreviveu até os anos 2000, com muito sucesso e  licenciamentos de produtos, virou filme e foi indicado ao Globo de ouro de melhor animação. “Snoopy & Charlie Brown: Peanuts, o filme” traz de volta, em tom de nostalgia, Charlie Brown, seu cãozinho Snoopy e toda a sua turma, mantendo uma fidelidade admirável à obra original.

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Na animação, Charlie Brown está as voltas com uma paixão platônica pela ‘menina do cabelo vermelho’ e sua crises de baixa autoestima. Snoopy tenta ajuda-lo. Lucy continua apaixonada por Schroeder, tendo seus ataques de sinceridade e dando consultas psicanalistas a 5 centavos. Snoopy em companhia de Woodstock tentam escrever uma história de aventura nos céus com um aviãozinho vermelho, que surge só para atazanar a vida de todo mundo e  cuja corda ou bateria não acaba nunca. E tudo isso é muito parecido com as histórias simples e singelas das tirinhas, sem nenhuma inovação, a não ser pela versão 3D. “Peanuts Movie” (no original) é uma visita memorável aos tempos de Charles M. Schulz.

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O longa-metragem foi escrito pelo filho  e o neto de Charles, Craig Schulz e Bryan Schulz, respectivamente. Ambos sem experiência em roteiro e que se detiveram na essência do que sempre fôra os argumentos das tirinhas e dos quadrinhos. É uma espécie de memória dos cinquenta anos de vida das tirinhas, que não tiveram continuação após o falecimento de Charles.  Foram mantidos: a história linear e simplista, os takes de quadrinhos, o risco do desenho, a textura e a ‘vibe’ da Lil’s Folks (gente pequena). A fotografia é de Renato Falcão das animações “Rio” (2011) e “Rio 2” (2014); a trilha sonora é de Christophe Beck de “Frozen: Uma Aventura Congelante” (2013), e é bárbara.

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No mais, Steve Martino de “A Era do Gelo 4” (2012) dirigiu uma HQ animada que se impõe muito mais para a galera adulta que acompanhou as histórias de Schulz e que vai se deliciar no túnel do tempo. Para os menorezinhos  (a classificação indicativa é a partir dos 3 anos), as cores  e as músicas funcionam bem. E ainda tem o adendo do argumento sobre autoestima  prender atenção dos adolescentes. “Snoopy & Charlie Brown: Peanuts, o filme” é uma bela homenagem ao criador do Beagle que fala um pouco de francês em ‘cachorrês’, é claustrofóbico, detesta doce de côco e biscoitos, que criou sua própria dança e que dialoga com o público por meio de crianças trazendo debates, questões a aflições do mundo adulto. “Snoopy….” é uma ode ao saudosismo.

The Peanuts Movie Snoopy

  • A versão disponível no circuito é dublada por conta da classificação etária.

Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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