Velozes & Furiosos 7

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Velozes & Furiosos 7

Por | 2015-04-02T05:10:57-03:00 2 de abril de 2015|Crítica Cinematográfica|0 Comentários

Velozes & Furiosos 7 (Furious 7). (Ação/Drama/Thriller); Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson, Jason Statham, Michelle Rodriguez, Jordana Brewster, Ludacris, Kurt Russel, Tyrese Gibson, Nathalie Emmanuel; Diretor: James Wan; Japan/EUA, 2015. 137 Min.

Desde a primeira apresentação de cinema para o público em Paris, no ano de 1895, em que os espectadores gritavam, desesperados, e saíram correndo, ao verem um trem vir em direção à câmera, e experimentaram os efeitos de tatibilidade da imagem em movimento;  passando pelo advento da tecnologia 3D, em que o espectador é inserido no contexto imagético, que o cinema mostra que é muito mais que um simples “contador de histórias”. É também, um veículo de impacto para os sensores, e tira o espectador do lugar comum –  o da realidade – numa virtualização quase palpável. É nesse nicho especifico que atua a franquia Velozes & furiosos,  e a sétima parte dela eleva essa sensorialidade à enésima potencia.

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O roteiro é o mais linear e superficial possível, fácil de entender e segurar até o final, enquanto as cenas de ação nos leva para o mundo do impossível. A família – toda a trupe motorizada de Dominic Toretto (Vin Diesel) – após perder o japinha Han (Sung Kang) morto em Tóquio no episódio 6, pelas mãos do vingativo Deckhard Shaw (Jason Statham), é contratada pelo Sr. Ninguém (Kurt Russel) para resgatar uma hacker muito melhor que o Tej (Ludacris). Trata-se da charmosa Ramsey (Nathalie Emmanuel), e após cumprida a missão,  ela usaria seus conhecimentos para rastrear o Deckhard Shaw, que ficaria a cargo da “Família”. Simples assim, história redondinha.

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O que vem seguir faz parte de uma fábrica de sonhos. Todos os instrumentos (carros, aviões, armas) são extensões exponenciais das potencialidades humanas – velocidade, fúria, capacidade destrutiva, ironia, exibicionismo – tudo em tom de sátira aos clichês de  filmes de ação. É uma mistura gostosa de ” Duro de Matar”, “Velocidade Máxima”, “Missão Impossível”  “exterminador do Futuro” , “Mercenários”e por aí vai.  O contexto é sempre o perigo e o desafio.

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O que ajuda na alta tatibilidade é a trilha sonora de Brian Tyler de “Homem de Ferro 3” e “Thor” e a direção do malaio James Wan de “Jogos Mortais” e “Invocação do Mal”. E no quesito homenagem ao saudoso Paul Walker, a galera mandou muito bem. Uma cena inteira e uma dedicatória a Paul no final da exibição. Sobre as cenas em que Paul apareceria e que não haviam sido gravadas até seu falecimento, o foram pelos seus irmãos, quase não são notadas diferenças, pois foram feitas à distância.

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No Mais,  “Velozes & Furiosos” representa  a escolha pelo aspecto da tatibilidade como nicho de atuação e de criação de produto de cinema – o do impacto sobre a percepção –  e fomenta, barulhentamente,  o sonho da  imortalidade. Em “Velozes & Furiosos” o ser humano pode tudo e nada é impossível. Se for só para divertimento  vale o ingresso.

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Sobre o Autor:

Crítica cinematográfica, editora do site Cinema & Movimento, mestre em educação, professora de História e Filosofia e pesquisadora de cinema. Acredito no potencial do cinema para fomentar pensamento, informar, instigar curiosidades e ser um nicho rico para pesquisas, por serem registros de seus tempos em relação a indícios de mentalidades, nível tecnológico e momento histórico.

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