‘Vingadores: Ultimato’ o coração da Marvel

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‘Vingadores: Ultimato’ o coração da Marvel

Por | 2019-06-13T10:57:57-03:00 27 de abril de 2019|Crítica Cinematográfica|0 Comentários

Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame); (Ação/Aventura/Ficção Científica); Elenco: Robert Downey Jr., Josh Brolin, Chris Evans, Mark Rufallo, Chris Hemsworth, Scarlet Johansson, Jeremy Renner, Paul Rudd, Tom Holland, Joe Saldanha, Karen Gillan; Direção:Anthony Russo, Joe Russo; USA, 2019. 181 Min.

Quando se fala em tornar um sonho ‘realidade’ (mesmo que seja virtual) e, em assertividade e competência didática para contar uma história, não tem como não se remeter à Marvel. O mundo das HQs sempre foi paralelo a realidade ‘real’ desde os idos do século XX. O suporte que desenvolvia o embrião da ansiedade e da perscrutação que vemos hoje nas séries de TV nascia ali, com a espera pelo próximo ‘gibi’. Quando se trouxe esse mundo para o suporte cinema não havia como conter o frenesi, pela simples curiosidade para saber como aquele nosso herói desenhado e enriquecido por nossa imaginação seria apresentado/interpretado para nós. Quem superou todas as expectativas foi “Superman” (1978). A pergunta que não queira calar era: Como o farão voar? Fizeram. E só por isso o filme não saia da boca dos nerds, geeks e cinéfilos de plantão. Com o advento dos efeitos especiais em computação gráfica, tudo se tornou possível e o mundo dos super-heróis ganhou um poder de fogo nunca antes imaginado. Então, o grande poder mote, depois disso, passou a ser a organização das histórias entre si, a assertividade da produção, a didática na transposição da linguagem das HQs para o cinema e a procedência entre seus links. É aí que a Marvel ganha de lavada. “Vingadores: Ultimato” é o coração dessa competência num mosaico sensacional de dez anos de universo expandido das HQs para o cinema.

Com metade dos seres do Universo mortos pelo estalar de dedos de Thanos (Josh Brolin), o mundo se desequilibrou. Inclusive, o dos vingadores. A questão agora era como consertar as coisas e punir Thanos. A fórmula encontrada foi simplesmente sensacional e tornou possível passear pela História do Universo Expandido Marvel conectando assuntos de longas como “Homem-Aranha no Aranhaverso” (2018). Em caráter de especulação versar sobre a explosão do tempo (junção de passado/presente/futuro), entender alguns momentos de salto nos filmes anteriores. O que significa que, lá em “Guerra civil” a fórmula de “Endgame” já estava prevista, cujos eventos ressoarão em filmes futuros como “Homem-Aranha: Longe de Casa” (2019)

O que dizer de Anthony Russo e Joe Russo? Que são muito bons em elaborar histórias e em saber corresponder a expectativas de fãs inteligentes, em captar a ‘vibe’ de um público; que têm os dois pés no mundo das HQs entendendo as expectativas e atendendo-as. Os filmes derivados de Histórias em Quadrinhos não são apenas filmes, são evolução de uma saga e manutenção de uma arte; são um mosaico de caça ao tesouro de Easter eggs e referências; são um puzzle, em que são postos, inclusive, respostas para as teorias possíveis, fomentadores de teorias e de desfechos de histórias. Esses dois, (Anthony e Joe) levaram uma boa parte do conteúdo da Marvel para a telona sob sua batuta (“Capitão América 2: Soldado Invernal”; Capitão América: Guerra Civil”; “Vingadores: Guerra Infinita”) e agora, “Ultimato”.

Para encerrar, hoje temos, no cinema, o equivalente às torcidas organizadas de futebol em relação as apostas, discussões e especulações. Só falta canto de guerra e bandeira. E quem conseguiu esse movimento no cinema foi a expansão do universo das HQs para a telona. Agora, é esperar que, “Homem-Aranha Longe de Casa” vem aí.

Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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