‘Vox Lux’ o paradoxo como pano de fundo

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‘Vox Lux’ o paradoxo como pano de fundo

Por | 2019-03-28T18:37:40-03:00 28 de março de 2019|Crítica Cinematográfica|0 Comentários

Vox Lux – O Preço da Fama (Vox Lux)(Drama/Música);Elenco:Natalie Portman, Raffey Cassidy, Jude Law, Stacy Martin;Direção:Brady Corbet; USA, 2018. 114 Min.

De balé clássico a música pop Natalie Portman não deixa a desejar. Em “Cisne Negro” (2010) viveu uma bailarina clássica, em “Vox Lux – O Preço da Fama” uma superstar da música pop. Com direção de Brady Corbet o longa conta a história de celeste, uma pacata estudante do ensino médio que, depois de uma tragédia, fica conhecida e desponta para estrelato. A cereja do bolo é a atuação de Natalie, porque em roteiro a longa deixou a desejar.

Partindo da adolescência de Celeste (Raffey Cassidy/Natalie Portman) e permeado por tragédias (atentados em escola, praia e o WTC) o roteiro insinua um preço macabro a ser pago pelo sucesso. Com ovações a três espetáculos horrendos (dois registrados imageticamente e um nos diálogos dentro de temporalidade da história) Vox Lux (no original) explora em demasia cenas de violência na conexão com o caminho de Celeste, que ficam soltas, sem amarrações. O que preconiza como start para o sucesso, ao final, chega a ser patético e infantil. Mas, nos proporciona um vislumbre do que seja, a possível, carreira de um popstar, seus conflitos cotidianos e compromissos.

Brady Corbet de “A Infância De Um Líder” (2015) que, dirigiu e roteirizou o longa faz associações desconexas no roteiro, mas dirige muito bem a estrela Natalie Portman que tem no currículo filmes de sucesso que vão de blockbuster como a trilogia prequel “Star Wars” como Padmé a filme político como “V de Vendeta” (2005) como atriz e; “De Amor e trevas” (2015) como diretora. A fotografia também chama a atenção pelas cores e velocidade de exposição, assinada por Lol Crawley de “45 Anos” (2015) metaforiza bem a bipolaridade da vida da estrela e nos faz lembrar o filme “Demônio de Neon” (2016). As músicas são originais de Sia e a trilha é assinada pelo saudoso Scott Walker (falecido este mês) e conhecido por “Pola X” (1999). No mais é um espetáculo de luzes, cores e diálogos velozes e muita desconexão.

Vox Lux, nome de origem latina que traduzido livremente significa Voz de Luz é paradoxal e exagera nas dissonâncias e dá um tom muito forte à violência sem contexto. Mas, para quem é fã de Natalie Portman é uma boa oportunidade de ver uma boa atuação. Vaticinando: tragável!

Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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