‘O Escândalo’- o #metoo do jornalismo

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‘O Escândalo’- o #metoo do jornalismo

Por | 2020-01-17T22:30:50-03:00 17 de janeiro de 2020|Crítica Cinematográfica|0 Comentários

O Escândalo (Bombshell) (Biografia/Drama); Elenco: Charlize Theron, Nicole Kidman, Margot Robbie; Direção: Joy Roach; USA/Canada, 2019. 109 Min.

Junte o movimento #metoo iniciado no âmbito do cinema após os escândalos de assédio do ex-produtor de cinema Harvey Weinstein com o pool de filmes jornalísticos dos últimos anos e teremos “O Escândalo” de Joy Roach. Um filme sobre os bastidores do jornalismo da Fox News quando sob a batuta do CEO Roger Ailes e a denúncia de assédio sexual num processo judicial de 2016 impetrado pela jornalista Gretchen Carlson. O diretor Jay Roach, juntamente com o roteirista Charles Randolph trazem os recortes das situações recheados com diálogos procedentes e ainda, imagens de arquivo de outras vítimas e de declarações destas em seus depoimentos.

O elenco é de peso. Charlize Theron de “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015); Nicole Kidman de “O estranho que nós Amamos” (2017) e; Margot Robbie de “Eu Tônia” (2017). Na equipe técnica Theodoro Shapiro de “Uma Segunda Chance para Amar” (2019) na trilha sonora e Barry Ackroyd de “Capitão Phillips” (2013). Além, é claro do diretor Jay Roach de “Trumbo: A Lista Negra” (2015) e no roteiro Charles Randolph de “A Grande Aposta” (2015). Aliás, a velocidade dos diálogos, a forma de apresentação de raciocínios intrincados e a sagacidade em conectá-los que estão presentes em “A Grande Aposta” também estão em “O Escândalo” como numa espécie de estilo e ainda como um caracterizador do tipo de ambiente no qual estão contextualizadas as histórias. “Bombshell” (no original)está indicado ao Oscar em três categorias: melhor atriz para Chelize Theron e melhor atriz coadjuvante para Margot Robbie e melhor maquiagem e cabelo.

O longa de Jay Roach entra para o panteão dos filmes sobre jornalismo, juntamente com “The Post: A Guerra Secreta” (2017); “Spotlight: Segredos Revelados” (2015). Só que desta vez o viés é o assédio sexual, o abuso de poder em ambiente de trabalho nas relações de gênero. A história está muito bem escrita, dirigia e interpretada.

Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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