’50 São os Novos 30′ e a arte do recomeço

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’50 São os Novos 30′ e a arte do recomeço

Por | 2018-07-28T03:08:31-03:00 20 de julho de 2018|Crítica Cinematográfica|0 Comentários

50 São so Novos 30 (Marie-Francine) (Comédia); Elenco: Valérie Lemercier, Patrick Timsit, Hélène Vincent, Philippe Laudenbach, Denis Podalydés; Direção: Valérie Lemercier; França/Bélgica, 2017. 95 Min.

O cinema francês é mestre em fazer de um assunto corriqueiro palco de reflexões e, geralmente, o faz com muita graça e leveza. É o caso de “50 São os Novos 30” que passeia sobre questões de relacionamentos: marital, filial, fraternal e  questões sócio econômicas. Isso tudo numa idade em que, em tese, já se deveria ter uma certa estabilidade, tanto financeira quanto emocional.

Marie-Francine (Valérie Lemercier) é uma pesquisadora, casada com Emmanuel (Denis Podalydés) há décadas, e têm uma filha adolescente. Subitamente o marido decide terminar o casamento pois conhecera uma mulher mais jovem e se apaixonara. Como desgraça pouca é bobagem, em seguida ela é demitida do laboratório em que trabalhava. Separada e sem emprego decide pedir ajuda aos pais, Annick (Hélène Vincent) e Pierric (Philippe Laundenbach). Esses, vindos de uma realidade em que e acreditam que uma mulher só está protegida em um casamento, tentam lhe arrumar pretendentes e reorganizar a vida da filha como se ela fosse uma adolescente. E esse é grande mote do roteiro, mostrando o novo contexto da modernidade  na vida pessoal dos indivíduos ‘jovens de 50’, além de passar pelas questões sociais vividas pela Europa.

“50 São so Novos 30” é dirigido, roteirizado e estrelado por Valérie Lemercier de “Palais Royal” (2005). Produzido por Edouard Weil de “Love” (2015) e o filme  nos lembra o filme “Que mal Eu Fiz a Deus?” (2014) que também toca em questões contemporâneas, mais francesas do que gerais, com muita graça e competência. Mais afeito à diversão do que a reflexões profundas “Marie-Francine” (no original) traz uma mensagem de esperança na administração do que a vida nos apresenta, de quebra de paradigmas  no que diz respeito aos estigmas sobre idade e nos diz que nunca é tarde para recomeçar em qualquer âmbito da vida. Vale o ingresso.

 

Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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