Missão Impossível: Efeito Fallout (Mission Impossible: Fallout) (Ação/Aventura/Thriller); Elenco: Tom Cruise, Henry Cavil, Simon Pegg, Ving Rhames, Rebecca Fergusson; Direção: Christopher McQuarrie; USA, 2018. 147 Min.
Iniciado na década de 60 como série de TV criada por Bruce Gellers, a franquia de filmes teve sau estreia em 1996 estrelada por Tom Cruise. Em seu sexto filme, produzido por J. J. Abrams de “Rua Cloverfield, 10”; “Lost” e “Alcatraz” (ambas séries de TV), a franquia se supera naquilo a que se propõe (ação, aventura e espionagem em ritmo frenético) a cada filme. Roteirizado e dirigido por Christopher McQuarrie “Missão Impossível: Efeito Fallout” entrega um produto redondinho, do jeito que seu público gosta e com alta tatibilidade (recomenda-se assistir em IMAX).
Após fracassar numa missão de compra de plutônio para evitar que caísse em mãos erradas a trinca da IMF: Ethan Hunt (Tom Cruise), Benji (Simon Pegg) e Luther (Ving Rhames) têm que recuperar o plutônio trocando-o por um fanático Solomon Lane (Sean Harris) e lidar com contra-espiões. Com reviravoltas de espionagens e contra-espionagens, truques e jogos de máscaras – além de muito humor ácido – os agente se veem envolvidos em um cenário de ação extrema e exponencial, se comparado com os demais filmes da franquia. Sem em 1996, em “Missão Impossível” o forte eram as trocas de identidade, artefatos de espionagem, ginásticas quase olímpicas, explosões de carros e afins, “Effeito Fallout” supera. Se, em 2000, em “Missão Impossível II” o forte era parecer com “007”, apostar em corridas de carros e motos e algum romance, “Effeito Fallout” supera. Se, em 2006, em “Missão Impossível III” o forte eram explosões, manobras com carretas e voos rasantes, “Effeito Fallout” supera. Se, em “Protocolo Fantasma” o forte era a tecnologia e a força corporal, da mesma forma. Se em em “Nação Secreta” o forte eram as corridas e duelos de motos e uma decolagem perigosa no exterior de um avião, em “Effeito Fallout” o forte é tudo isso, mais um duelo visceral de helicópteros. Ou seja a franquia, apresenta, literalmente, o impossível. A tatibilidade, o perigo, a emoção, o jogo de xadrez do mundo da espionagem e a velocidade se multiplicaram, sem falar na tensão.
Roteirista conhecido pelo genial “Os Suspeitos” (1995), pelo qual ganhou o Oscar, Christopher McQuarrie está dirigindo pela segunda vez um filme da franquia. Mas, para além da manutenção da assinatura o que salta aos olhos é a edição de Eddie Hamilton de “X-Men: Primeira Classe” (2011) e “Kingsman’ I e II. Essa possibilitou ao longa ser o que é em termos de tatibilidade em um filme de ação. E nos remete a “Em Ritmo de Fuga” pelo seu cadenciamento temporal sensacional. Tem ainda a trilha sonora de Lorne Balfe (“Projeto Flórida” 2017/ “Churchil” 2017 e da série de TV “The Crown”) que revitalizou a música tema composta por Adam Clayton e Larry Mullen Jr. e que está um show, (confira!) Não esquecendo de Henry Cavil como August Walker de “Homem de Aço” (2013), que sai do espectro da personagem do Super-Man, como os demais que o interpretaram não conseguiram. Que o diga Christopher Reeves.
Para fechar, sem deixar o chavão “essa mensagem se auto destruirá em cinco segundos” a franquia Missão Impossível se renova a cada filme, se supera nos quesitos que a caracterizam e aumenta cada vez mais seu potencial como filme blockbuster de espionagem. É um produto comercial com público alvo fiel e definido, que se respeita como tal e que se aperfeiçoa. Além de fazer um tour e tanto por Paris. Vale o ingresso!
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