Entrevista com o cineasta Georges Gachot

>>Entrevista com o cineasta Georges Gachot

Entrevista com o cineasta Georges Gachot

Por | 2018-08-18T01:26:17-03:00 18 de agosto de 2018|Entrevistas|0 Comentários

O franco-suíço, Georges Gachot, diretor de filmes documentais sobre música recebeu o site Cinema & Movimento (C&M) para uma entrevista por telefone na tarde da última quinta-feira (16/08), para falar sobre o seu mais recente documentário “Onde Está Você João Gilberto?”. Conhecido aqui no Brasil por “Maria Bethânia: Musica é Perfume” (2005); “Nana Caymmi em Rio Sonata” (2010) e “O Samba” (2014) o cineasta nos falou sobre a motivação para fazer o documentário, suas expectativas e se foram correspondidas, a experiência dentro dessa saga de procurar pelo músico brasileiro criador da Bossa Nova, João Gilberto, sua abordagem e seus projetos.

C&M: O que te motivou de empreender o projeto de procurar por João Gilberto?

Georges: Eu sempre fui um admirador da música clássica e da música brasileira. E João Gilberto, para mim, é o mais clássico da música brasileira. Depois que fiz  o documentário “O Samba” encontrei o livro de Marc Fisher “Hô-ba-lá-lá: à procura de João Gilberto” li, gostei e fiquei encantado. E fiquei sabendo que ele falecera logo depois antes de terminar o projeto, então resolvi fazer o caminho do Marc. Entrei em contato com a guia dele no relato de experiência do livro  que ele chamava de ‘Watson’, conheci alguns amigos dele em Berlim e Hamburgo e vim percorrer esse caminho.

 

C&M: Quais eram as suas expectativas? elas foram correspondidas?

Georges: A minha intenção era dar um presente final para o Marc, e consegui. Então posso dizer que sim, foram correspondidas. Minha intenção nunca foi fazer um documentário sobre a vida de João Gilberto, mas refazer o caminho nessa procura.

 

C&M: Sobre a última cena… a  missão foi cumprida?

Georges: Sim. Para mim, o Marc estava ali. E eu optei por preservar o mito porque a imaginação é muito mais rica.

 

C&M: Fale-nos um pouco sobre a sua experiência dentro dessa saga?

Georges: Me aproximei de Marc Fischer conversando com as pessoas com as quais ele conversou. Me vi dentro da aventura sem saber o que iria acontecer, em alguns momentos senti até medo, mas valeu apena.

 

C&M: Quais são seus próximos projetos?

Georges: Esse documentário foi o mais diferente dos filmes que já fiz até hoje, porque documenta uma trajetória, uma experiência, e é quase uma ficção. No momento não tenho nenhum projeto em vista, mas gostaria de fazer uma ficção da próxima vez.

 

 

Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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