Entrevista com o cineasta Sergio Rezende

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Entrevista com o cineasta Sergio Rezende

Por | 2018-09-12T19:20:34-03:00 12 de setembro de 2018|Entrevistas|0 Comentários

Cineasta Sérgio Rezende (Foto: Ali Karakas)

O cineasta Sergio Rezende recebeu o site Cinema & Movimento (C&M), por telefone, na manhã desta quarta-feira (12/09) para uma entrevista pela ocasião do lançamento de seu mais recente filme “O Paciente – O caso Tancredo Neves”, que conversou conosco sobre sua inspiração para fazer o longa, sua expectativas e novos projetos.

 

C&M: Qual foi a inspiração para a realização do filme “O Paciente – O Caso Tancredo Neves”?

Sérgio: Eu li o livro do Luis Mir,  que é uma obra técnica, e que se detém, justamente, nesse momento da vida do Tancredo e fiquei fascinado. Pelo simples fato de ter sido uma pessoa que viveu a vida inteira para a realização de um sonho e de repente no dia anterior a essa realização, num momento político importante, fica doente e acontece o que aconteceu. Aquilo não deixa de ser um pouco da vida de todos nós. Então eu quis fazer o filme.

 

C&M: Quando começou a produção do filme?

Sérgio: A ideia surgiu em 2016. Até realizar a captação de recursos e todo o processo de organização começamos as filmagens no final de 2017 e ficou pronto em maio deste ano.

 

C&M: Você tem algum objetivo político com o filme? Pergunto por conta da presença constante do neto de Tancredo no núcleo do Hospital.

Sérgio: E qual seria esse objetivo político? O Aécio é neto do avô, era secretário particular dele à época, não tinha nenhuma importância política e estava lá. Ele aparece tanto quanto Maria neves, quanto Tancredo Augusto, não posso censurar a História do Brasil. Não vou virar censor. O filme não serve a nenhum político nem a nenhum partido político.

 

C&M: Quais são suas expectativas em relação ao circuito?

Sérgio: Estou calejado, cinema é uma caixinha de surpresas. O filme não é um blockbuster ou uma comédia com milhões de espectadores, é um thriller médico. O meu desejo é levar as pessoas ao cinema, proporcionar que elas compartilhem aquele momento  de sonho da História brasileira. De sonho de liberdade, de democracia, pois é um momento de memória da vida brasileira. Assistindo ao filme todos nos tornamos, de certa forma, pacientes também.

 

C&M: Quais são os seus projetos futuros?

Sérgio: No momento eu tenho sonho que ainda não está encaminhado. Eu quero fazer um filme no Haiti, por tudo o que temos de proximidade. A pouco tempo o Brasil participou das forças de Paz da ONU lá e creio que a gente tem muita coisa que nos aproxima. Mas, ainda estou pensando.

Sobre o Autor:

Editora do site Cinema & Movimento e crítica cinematográfica

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