O cineasta Sergio Rezende recebeu o site Cinema & Movimento (C&M), por telefone, na manhã desta quarta-feira (12/09) para uma entrevista pela ocasião do lançamento de seu mais recente filme “O Paciente – O caso Tancredo Neves”, que conversou conosco sobre sua inspiração para fazer o longa, sua expectativas e novos projetos.
C&M: Qual foi a inspiração para a realização do filme “O Paciente – O Caso Tancredo Neves”?
Sérgio: Eu li o livro do Luis Mir, que é uma obra técnica, e que se detém, justamente, nesse momento da vida do Tancredo e fiquei fascinado. Pelo simples fato de ter sido uma pessoa que viveu a vida inteira para a realização de um sonho e de repente no dia anterior a essa realização, num momento político importante, fica doente e acontece o que aconteceu. Aquilo não deixa de ser um pouco da vida de todos nós. Então eu quis fazer o filme.
C&M: Quando começou a produção do filme?
Sérgio: A ideia surgiu em 2016. Até realizar a captação de recursos e todo o processo de organização começamos as filmagens no final de 2017 e ficou pronto em maio deste ano.
C&M: Você tem algum objetivo político com o filme? Pergunto por conta da presença constante do neto de Tancredo no núcleo do Hospital.
Sérgio: E qual seria esse objetivo político? O Aécio é neto do avô, era secretário particular dele à época, não tinha nenhuma importância política e estava lá. Ele aparece tanto quanto Maria neves, quanto Tancredo Augusto, não posso censurar a História do Brasil. Não vou virar censor. O filme não serve a nenhum político nem a nenhum partido político.
C&M: Quais são suas expectativas em relação ao circuito?
Sérgio: Estou calejado, cinema é uma caixinha de surpresas. O filme não é um blockbuster ou uma comédia com milhões de espectadores, é um thriller médico. O meu desejo é levar as pessoas ao cinema, proporcionar que elas compartilhem aquele momento de sonho da História brasileira. De sonho de liberdade, de democracia, pois é um momento de memória da vida brasileira. Assistindo ao filme todos nos tornamos, de certa forma, pacientes também.
C&M: Quais são os seus projetos futuros?
Sérgio: No momento eu tenho sonho que ainda não está encaminhado. Eu quero fazer um filme no Haiti, por tudo o que temos de proximidade. A pouco tempo o Brasil participou das forças de Paz da ONU lá e creio que a gente tem muita coisa que nos aproxima. Mas, ainda estou pensando.
Deixar Um Comentário